quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Uso do preservativo está a prejudicar a industria cinematográfica


Apenas 40 autorizações de filmagem na cidade foram concedidas em 2013, uma queda de mais de 90% em relação às 480 dadas em 2012, segundo números do órgão que concede as licenças, FilmLA, citados pelo jornal "Los Angeles Times". No primeiro semestre deste ano, as autorizações somaram apenas 20, segundo o jornal.

O correspondente em Los Angeles do serviço em espanhol da BBC, Jaime González, referiu que as produtoras estão a mudar suas actividades para cidades mais ao sul na própria Califórnia, como San Diego, ou para outros Estados americanos, como o vizinho Nevada e a Flórida. Em alguns casos, para o Leste Europeu, onda há menos regulamentação.
A exigência, contida na chamada Medida B, abrange apenas o condado de Los Angeles. Legisladores estaduais estão a discutir a ampliação da lei para o resto da Califórnia.
A indústria diz que já requer exames de HIV dos actores e actrizes de filmes pornográficos e que isso é suficiente para conter o vírus. Ao mesmo tempo, aponta a baixa produção por filmes nos quais os actores usem preservativos. Muitos actores inclusive recusam-se a usar a proteção.
A controvérsia envolvendo o género pornográfico reforça as incertezas da indústria do cinema na Califórnia, que vem perdendo investimentos para outros Estados americanos ou para países como o Reino Unido e o Canadá, que oferecem mais incentivos fiscais para a actividade.
Segundo um estudo da FilmLA, foram rodados na Califórnia apenas dois dos 25 filmes com orçamento maior de 2,6 milhões de euros que estrearam em 2013. Isto significa uma drástica mudança em relação a 15 anos atrás, quando 16 dos 25 filmes de maior orçamento foram rodados neste Estado da costa oeste americana.

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