
A análise foi feita em estudos que envolveram cerca de 850 mil mulheres grávidas que investigaram ligações entre as náuseas e vômitos com questões como abortos espontâneos, partos prematuros, peso dos bebês, anomalias congênitas como defeitos cardíacos, e o desenvolvimento de longo prazo das crianças. De acordo com o levantamento, o risco de aborto é mais de três vezes maior em mulheres que não tiveram os enjoos do que nas que sofreram com eles. Além disso, mulheres com 35 anos ou mais, que geralmente têm um risco relativamente maior de abortarem espontaneamente, parecem ter sido as mais beneficiadas por este “efeito protetor” dos enjoos matinais.
As náuseas e vômitos também foram associadas a um menor risco das crianças nascerem abaixo do pelo e com menor altura. As mulheres com os sintomas também tiveram menos partos prematuros, 6,4% delas, comparadas com as 9,5% das que não apresentaram enjoos. Já o risco de defeitos congênitos caiu entre 30% e 80% nas crianças de mães que tiveram os enjoos, e elas também tiveram desempenho melhor em testes de inteligência, linguagem e comportamento feitos anos depois de seu nascimento.
Tomar remédios para reduzir os sintomas dos enjoos matinais não parece afetar os níveis hormonais das mulheres grávidas e desta forma não deve alterar os efeitos positivos associados a eles, dizem os pesquisadores. O artigo, porém, destaca que apenas alguns dos estudos analisados incluíam informações sobre a severidade das náuseas e vômitos das grávidas.
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